Netbooks e smartphones disputam espaço no mercado

Por Bruno Galo e Filipe Serrano

São Paulo, (AE) - De um lado, as pessoas querem - ou precisam - estar online. Do outro, grandes companhias do mundo digital trabalham para oferecer "o" produto - mas será apenas um? - que melhor irá atendê-las. Hoje, netbooks e smartphones emergem como os dois dispositivos que melhor cumprem o papel de nos deixar sempre conectados. Não por acaso, a venda desses aparelhos disparou em todo o mundo - independentemente da recente crise mundial.

Assim, com esta ascensão, ninguém quer ficar de fora. Quem é líder de mercado (Microsoft, Intel, Nokia, HP) corre para - ao menos - manter sua condição. Já quem desponta, apesar de ter também sua relevância (Google, ARM, HTC, Asus) trabalha para ampliar sua posição. E todos, gigantes do hardware e do software, buscam se posicionar neste novo mercado de internet móvel.

No final de maio, Steve Ballmer, o todo-poderoso CEO da Microsoft, surpreendeu ao declarar que os netbooks eram revolucionários e afirmar ainda que "eles alavancaram todo o mundo da computação e da internet". A frase cristaliza a importância que a gigante dos softwares dá aos netbooks e permite entender plenamente os seus agressivos movimentos para assegurar a supremacia Windows entre os portáteis.

A partir do início de 2008, ao ver a veloz adesão do público aos netbooks (que até então rodavam Linux), a Microsoft decidiu oferecer de forma subsidiada o quase finado XP. A decisão pode ter afetado sua margem de lucro, mas garantiu sua hegemonia. Hoje, a Microsoft prepara o lançamento do Windows 7, que tem como missão não apenas manter a dianteira no segmento, como apagar o fracasso do Vista e aposentar de vez o XP.

Coincidência ou não, pouco mais de um mês depois da declaração de Ballmer, o Google anunciou um sistema operacional justamente para rodar netbooks. O Chrome OS é mais um passo rumo a uma internet cada vez mais portátil.

Já do lado dos smartphones, Intel e Nokia anunciaram uma parceria que visa resolver dois problemas com uma só tacada. Enquanto a primeira quer incomodar a rival ARM no mercado de telefonia móvel, a Nokia emparedada pelo crescimento de Apple e BlackBerry, entre os smartphones, busca se manter relevante neste espaço.

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